O pinto perto da pia. A pia perto do pinto.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Os tempos eram outros. Uma hora parecia ser feita de dias, estes eternos. O minuto finado fora coroado com rosas murchas e as mãos vivas da senhora da esquina, furadas com o espinho ainda vivo, enforcavam, torciam e depois decepavam o caule da flor do resto de seu corpo.
Era comum e até direito querer arrancar a essência que a fazia rosa - porque planta sem cheiro é mato, e perfumar o que tinha formas. Uma pessoa preferia sentir o cheiro da chuva e sinto muito por não ser você, caro leitor. Se fosse, não leria nem escreveria o que há de vir.

Um comentário:

Neco Vieira disse...

Ainda prefiro escrever do que ficar estagnado e deturpado por minha mente, ainda prefiro odiar o gosto azedo do sol e me assumir um andróide movido a escuridão, ainda prefiro as coisas que tem dentro do coração, mesmo que ocultas, são coisas lindas que merecem atenção.