O pinto perto da pia. A pia perto do pinto.

domingo, 13 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

NOVA

Inicia-se um novo tempo. Aqui, o valioso ínicio de uma história surge entre o negro dia e a noite silenciosa.
Preocupa-me o tanto que já não me lembro e até sinto falta. Se bem que é estranho perceber o que nunca se possuiu. Gente, feita de mãos e cabelos e que tanto quer bem outra gente que quer bem a outra, mas que propositalmente não parece ser a mesma gente. E se diz o que é fundamentado, é permitido fundamentar-se em nada? É justo apaixonar-se POR NADA? E não digo o motivo que jamais existiu. Portando, sobra-nos a mesma gente que nos apaixona e esquece que cada uma dessa gente crespa guarda a sobra dos seus desatres. Isso sim é o que definiu-se a experiência. Porque aqui, no começo dos tempos, tudo haveria de ser nomeado.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tenho notado uma certa ausência de estilo nas coisas que eu escrevo. Acho que isso não é por acaso e em ano de vestibular a única coisa que se pode fazer é pirar mesmo. Os meus pedidos de atenção e as minhas chantagens emocionais, já não surtem o mesmo efeito e são cada vez mais frequentes. Provavelmente algum trauma (ou alguns) fez com que eu me tornasse o que eu sou hoje.
Muitas pessoas não me conhecem; alguns julgam até eu mesma não me conhecer e ser tão perdida quanto alguém na Praça do Correio procurando qualquer lugar para dormir. Daí elas chegam silenciosamente, sem fazer barulho algum, às 3 horas da madrugada quando as pessoas dormem e só você está acordado.
As crônicas - eu amo essa palavra, minha nossa. Elas transformam o universo do leitor de uma maneira única e rápida. E naquelas duas páginas eu me encontro. Preciso fazer uma homenagem, sem desmerecer os outros gêneros, mas colocando em evidência todo o seu "não efeito". Sabe o que é? Percebi o quanto é interessante fazer sem algum propósito. Quando nós vamos ao mercado, compramos no mercado e voltamos do mercado e por mais incrível que pareça, ficamos felizes só por irmos ao mercado. Quando vamos tomar um sorvete, pedimos o sorvete, abrimos o sorvete, olhamos no relógio, o sorvete pinga no chão, chegamos na casquinha do sorvete, nos melecamos, olhamos novamente no relógio - sujo de sorvete, terminamos o sorvete e ficamos felizes mesmo sabendo que fomos com o objetivo de tomar sorvete e conseguimos. As nossas felicidades são muito pequenas.
O planejamento é necessário, mas não é preciso planejar pra ser feliz. Ser feliz é reconhecer em qualquer coisa: em um desafio, em um amigo mudado, na saúde e na tristeza, na alegria e na doença, em todos os dias de nossas vidas o quanto nós podemos ser verdadeiramente felizes.
As crônicas, minha gente, fazem isso. Só quem já leu uma crônica e pôde admirar-se por parecer que o autor disse o que você sempre quis falar - uma grande besteira como aquele momento em que você olha para um ponto fixo e não consegue piscar, apesar de querer olhar pra outro lugar que não seja um traseiro; só quem já leu e que tem essa sensação de "ele está falando comigo" é que pode ser mudado. Perceber pode ser uma maneira equivocada, mas nós com certeza "nos acrescentamos" no que chamamos de nós.

sábado, 11 de julho de 2009

Heleninha

Deixei Helena de lado. A menina morre, deixa algumas pessoas sentirem saudade e quer que eu conte de todas as suas fantasias? Eu, pra falar a verdade, nunca gostei dela. Ele viveu em um tempo que as pessoas achavam que mentir era mais fácil e todas as crianças foram criadas assim.
Por isso, não passava de uma menininha mimada e muito da mentirosa. Acreditava, a boba, em amor; só porque ela era, ridiculamente, apaixonante.

Homens,

Acreditava-se que um país seria criado. Nele, as diferenças não existiriam, uma nova religião seria seguida e ninguém passaria fome, nem frio, nem sede. Este seria um fenômeno, maior símbolo de igualdade entre os "tão iguais quanto os outros". Nossas percepções seriam idênticas; isso significa que o amor seria explicado da mesma forma para todas as pessoas e elas o entenderiam apenas ao definí-lo. O ápice desta proximidade entre os homens seria a origem de um novo adjetivo. Ninguém sabe explicar qual sua utilidade, mas ele, definitivamente, é sublime. Nenhum homem poderia desafiá-lo ao dizer que ser solidário é o máximo ou que sua parte já estava feita e que como ser-humano, sua hora havia passado e ele só queria descansar eternamente. Ser humano perto dessa nova qualidade era só o suficiente.
Sinto muito em dizer, mas tudo isso é mentira. Nós já conhecemos as nossas capacidades, só não entendemos ainda que o modo como enxergamos a humanidade é sempre nosso.

domingo, 21 de junho de 2009

Volto a falar de Helena.

domingo, 3 de maio de 2009

DESABAFO aos amigos

Eu não peço que me coloquem pra baixo, nem pelos que só lembram de mim quando pensam precisar; sem conveniência, muito menos convivência; quero que se afastem cada vez mais os ausentes, também os presentes que deixarão de ser em breve e em "não tão breve assim". Não quero mais saber se são coitados, se confiam um pouco, se pretendem nunca perder o contato, porque "pretender" é um pensamento otimista e disso basta os que me elogiam sem eu merecer. Não concordem, colegas, se for pra me agradar e nem discordem, pelo mesmo motivo. Errem. Aprendam. Apontem. E só o seja, se quando questionado sobre o que ser , ter todas as palavras menos a que se espera. Eu SÓ preciso de amigos; quando eu precisar. E se perco algum ou percebo que nunca tive, perco parte de mim.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Língua

Eu gosto da língua que eu gosto
porque eu aposto que você vai embora
e se eu desgosto, você não demora
E a língua que eu gosto, me gosta também.
Se eu gosto da língua que eu gosto,
e se dança é língua, tem língua pra dança
e quaisquer outras têm.
Eu gosto da língua que eu gosto
Eu gosto da língua que eu gosto
foi assim que eu gosto, que eu nasci
eu gosto da língua daqui
E se o que eu gosto é da língua do morro
ou gosto da língua afinal
a língua que fica, sou eu quem morro
E se o que eu gosto é fatal.

Minhas melhores produções são as do não asfalto - perífrase

Após uma acalorada discussão do pobre que nasce coitado e da vítima social, ou do "minha-mãe-disse-que-sim" e por isso é correto e justo julgar apenas por uma atitude, do que foi dito e outrora não-dito, e de um debate que rendeu boas conclusões baseadas no NUNCA... pensei. Não sei quando saí de uma aula depreciativa, portanto nada tensa, sei que saí. E de mim fui para o EU.
Mais fácil ocultar o sujeito nestes casos, os "eus" são menores hoje (construção direta, frase objetivissima). O importante mesmo é pensar.
Daí em diante (e só pode ser assim) e na mesma rua, atravessada 30 vezes, percebi o quanto a burrice tem a ver com a humildade. Explico: não em todos os casos; maior do que a tolice de atravessá-la pela trigésima-primeira, é sentir-se ignorante por não acompanhar meus vários parceiros de ir para o outro lado da rua, independente de onde minha casa está. Ao contrário, como sentir senão humildade/humanidade pelo semelhante incapaz? Foi quando uma alma jovem, com seu barulhento papel sulfite, assustou todos os torcedores presentes. Eis a definição do que eu estava dizendo a princípio, sem princípio nenhum.
Atravessei uma daquelas almas jovens, sem ela perceber, certificando-me de que ela estava segura. Correu. Provavelmente por ter assustado algumas pessoas.
Um gravador. A idéia. Como perder tanto conteúdo em lugar tão imundo?
Desisti de qualquer outra coisa que não me fizesse chegar logo. Vi uma velha, caminhando, lenta, lançando sua pele contra chão. Vi o menino, simpático, fumo na boca e pulmão aos ares.
Parei de ver e constatei: nunca serei uma boa advogada. Advogados estão presos em detalhes, em legislações, estão presos na memória, Fagner. Como eu tão insegura pessoa, de capaciadade falha e sem suporte (como este) para compensá-la, posso tornar-me uma advogada e ainda boa?
Serei para sempre uma acusação. Quem defende, acusa o outro de estar errado. Ô vidinha sem preconceitos, ô vida sem propósito.
Aos amigos, um conselho: se em uma audiência você não tiver alternativas, preste atenção no português. Alegar o que o faz afirmar com tanta voracidade, se não há provas, é ilegal? Embora não seja, nem sei o quanto é relevante, mas sem dúvida, FUNDAMENTAL.

(cúmulo da organização: escrever aqui o que se pode dizer na sexta-feira...
Diga ao Fogaça que papos no elevador são sempre agradáveis, principalmente se forem 6 vezes maiores).

Caro soluciona-dor dos meus problemas, nossas cartas serão editadas e as ilustrações delas terão o próprio concretismo futuro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O nosso corpo pede atenção. Sem perceber, viramos chafarizes de sucesso. Tão famosos, esquecemos que quem já pretendeu receber um pouco de algum tempo, pode perceber o que queremos. Agora, portanto, nunca chamaremos atenção. Assim, enforcados pelas melancias em nossos percoços, morremos. Esquecidos.

Treinamento para Jornalista

Todas as oportunidades devem ser aproveitadas; portanto, se uma avenida movimentada decidir que os carros devem parar, atravesse a rua, mesmo que esse não seja o seu objetivo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Na cama

"Helena nunca teve pai. Não teve quando tinha cinco anos, nem aos sete; Helena não teve pai nem quando foi fecundada. Era uma menina sem o nome do pai que não teve.
Nem a mãe contava histórias; uma vez Helena adoecera e sem pai, morreu na cama."

Aos (mesmos) queridos leitores,

"Eu sou o melhor do espaço que eu ocupo."

No meio do caminho eu tive idéias. Sim, eu também as tenho e infelizmente elas vão, na maioria das vezes, pro espaço.

Como nós somos facilmente conquistados por qualquer porcentagem? Tanto faz se são os 55% com pés em formato semelhante ao de um bico de papagaio ou se uma em cada grupo de cem pessoas conta uma piada qualquer e desiste de você. Isso se o Fagner estiver no local.
O fato é que as pessoas gostam de uma "auto-divisão". Perculiar é saber que esses grupos não possuem máximo divisor comum. Nós não lembraremos qual o número de pés com formato de bico de papagaio.

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Todas as sextas, às tempo-que-eu-perco-não-estudando.

domingo, 1 de março de 2009

Fizeram eu perder a vontade de escrever.

(Agradeçam, meus fiéis leitores)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Pessoas inseguras

Ao contrário do que pode parecer a insegurança de que eu estou falando nada tem a ver com armas de fogo ou vícios. Acompanhem meu raciocínio: a insegurança não depende só do bandido. Não, eu não cheguei até este tribunal para defender um criminoso; se ele é culpado que arranje uma boa desculpa e um melhor advogado para alimentar.
Percebi há algum tempo que não ser uma pessoa segura de si (e bota o pleonasmo nisso) e não ter atitudes decididas, prefiro dizer não decidir ter atitudes seguras é sinônimo de "aí o buraco é mais embaixo".
Durante a minha vida conheci e conhecerei pessoas ditas inseguras. Apesar disso elas não assumem essa fraqueza. Podem assumir aos pais que fumam e que já estão viciados em outros tipos de drogas mais pesadas, e isso inclui quase todo o tipo de música pop, que querem casar, ter filhos e serem felizes para sempre ou assumir apenas no testamento. Agora que suas falhas são fruto do que elas mais condenam, de jeito nenhum. O que eu quero dizer é que são pessoas completamente comuns que podem levar ao túmulo essa indecisão toda sem descobrir o real motivo de tanto sofrimento e geralmente não tem algum tique no olho. E também não são ricas. Eu pelo menos nunca conheci um rico inseguro. Nem seguro, mas isso não vem ao caso...
Pessoas indecisas perguntam. Além de saber que horas são, elas precisam saber se você tem certeza disso. Você olha novamente e já não está mais segura dos anos de garantia do seu caro relógio novinho ou de que a qualquer momento o bandido do começo do texto pode arrancá-lo do seu pulso. Pessoas assim dependem do ambiente, das pessoas do ambinete e até da irritante música ambiente do elevador para sentirem alguma segurança. Elas são as "redondamente enganadas", têm medo da chuva, preferem navegar na internet ao mar, não têm sonhos porque jamais vão conquistá-los , são acomodadas.
Eu sinceramente ainda não descobri o que esse tipo de gente quer provar. O que é, heim? Querem garantir a quem? E pior: como podem?!
A insegurança deveria ser diagnosticada como doença grave. E o motivo é óbvio, por isso não vou explicar; disso eu estou segura.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O tempo do café

Helena carregava nas orelhas um par de tranças que só dependiam de um laço e das pequeninas mãos da menina para deixarem de ser tranças. Ela corria em direção ao quarto da avó e sem se dar conta que quase derrubara a cristaleira da sala de estar, apoiava-se na moldura do espelho para refazer suas trançarolas. Helena poderia ficar o dia inteiro desfazendo e refazendo seu penteado como se ela fosse capaz de coser e não deixar marcas, brincando com seu fino e já ralo cabelinho, mas todo o processo desde a escolha da cor da fita para amarrar até a sua contemplação que era o sinal de que ela e a avó já poderiam sair para caminhar, duravam apenas o tempo de preparar o café. Dali em diante a menina só enrolava em frente ao espelho.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Colégio ou escola?

PRECISO escrever sobre isso. Talvez como um desabafo e principalmente por livrar a minha pele da responsabilidade, da obrigação e da própria consciência (que não deixa de ser MINHA também). Assistimos hoje, eu e dois amigos, um documentário que mostra a real situação do ensino ou dos estabelecimentos que deveriam fazê-lo no nosso país, o Brasil. A sensação de impotência grita diante de jovens que alegam que até os mais ricos roubam -estes que quando chamavam a sua atenção denunciavam ao professor o resto da classe que bagunçava; ou a precária condição dos ônibus que levam estes alunos a uma cidade com escolas de ensino médio e toda a FALTA DE HIPOCRISIA característica de um filme deste gênero. O que mais choca não são os livros didáticos que nunca chegam, a merenda que francamente serve como refeição diária para estas crianças, nem a diferença social entre jovens que formam a elite de São Paulo e aqueles que conseguem de alguma forma desconhecida um VINÍCIUS que educa, em Pernambaco, terra natal do excelentíssimo senhor nosso presidente. A dó, bem longe de qualquer nota musical e de alguma faculdade pública, que eu sinto agora é que tudo isso é resultado do descaso. E nós somos obrigados a concordar que na nossa TV (de plasma, devo acrescentar a diferença entre colégio e escola dá nó na garganta; só quem sentiu isso pode dizer como sufoca. E ainda pior é que não sabemos se a atual situação do ensino do Brasil serve como estímulo ou se o melhor é gargalhar, eu, como parte da rede pública. Porque com criança, meu senhor, com criança não se brinca.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A minha língua...

Pensei que estivesse doente. E prometo que se for verdade, ficarei bem. Ultimamente ando desconfiando muito das coisas... e dos doentes.
Falaram que viver em tal século ou ser filha de um farmacêutico falecido não são definições muito claras. E posso explicar: eu falei.
Acho que uma pessoa SIGNIFICA o que ela faz. Mesmo que seja ter medo de peixes e achar que eles estão bons lá no aquário, só lá.
Falaram também que pessoas doentes precisam de ajuda, de um psicólogo bom, bonito e barato. Falaram dessa vez que eu sou teimosa por não acreditar.
Continuei andando...


É a língua que eu falo. Mais ou menos assim: se alguém está assisindo alguma apresentação e acha que sabe mais sobre a piada que o humorista contou, vai rir mais alto pra mostrar pra outra pessoa (que talvez tenha algo em comum por saber essa possível informação) que entendeu.

Acho que preciso mesmo de ajuda. Dessa vez EU FALEI que posso mudar de ideia...(sem acento);D